Paulo diz que não há mais nenhuma condenação para aquele que está em Cristo Jesus, visto que o Espírito da Vida, em Cristo, nos livrou da lei do pecado e da morte. Não poderia haver Boa Nova melhor e mais libertadora do que esta. Mas se isto é verdade? e se diz exatamente o que diz? por que será, então, que não parece ser verdade como realidade existencial para os cristãos? Afinal, se isso é verdade, então, nós tínhamos que ser o povo mais pacificado e tranqüilo da terra. Sim! nós teríamos que ser o povo menos complicado e grilado do Planeta. Também teríamos que ser gente de identidade firme e livre da inveja, e sem amarras a neuroses e paranóias. Então, por que será que não é assim? Sinceramente? Bem, é que não cremos ainda. Quando a declaração de Paulo deixar de ser texto inspirado e passar a ser verdade apropriável pela fé—e assim pode ser apenas porque “Está Consumado”—, então surgirá um fator existencial essencial no ser: paz e certeza de total reconciliação com Deus—independentemente de qualquer cogitação de barganha a fazer com Deus. Ou seja: até no seu pior dia você não temerá acerca do que existe entre você e Deus. Esse é o caminho da Paz, e que nos conduz de paz em paz até a Paz Eterna. Como é bom andar nele! Você fica livre de toda a culpa apenas para descobrir que era o medo do castigo aquilo que suicidamente mais tentava a fazer você transgredir. Assim, sem culpa não há transgressão—e morre a pulsão do pecado em sua maior sedução: a morte como risco.
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